Wednesday, October 04, 2006

Águas duradouras

As águas de Março fecharam o verão. Os trens continuam seus trajetos na estação. E muita gente...só na multidão.
"É pau, é pedra, é o fim do caminho"
Século XXI. Que privilégio para o homem mortal, dotado de inteligência ter alcançado o momento atual. É deslumbrante ver estampado nas páginas dos jornais e na tela da TV as maravilhosas descobertas do ser humano! Neste século pode-se provar de tudo um pouco; pode-se ter esperança na cura de doenças que no século passado ainda não existia; pode-se viajar de avião com mais naturalidade (as promoções das companhias aéreas tornaram o acesso mais favorável ao povo); pode-se freqüentar feiras ou supermercados... Fica ao critério do freguês! Obter uma tv a plasma, o Pen driver, o Ipod, Palm-top, possuir a casa inteligente, o Play Station 2, o Home Teather sem fio, e o tão sonhado computador...ainda que seja em várias prestações nas casas Bahia.
"É um resto de pouco, é um toco sozinho...é a vida, é o sol"
Falando nisso... A maioria da população brasileira tem acesso ao computador, sobretudo a internet, pois o mesmo fica até sem graça quando ela não está presente. Alguns acessam em casa, outros no trabalho, alguns na casa de amigos ou parentes. E se em nenhuma das alternativas anteriores: corre-se para uma Lan-House. Que por sinal vive lotada! Poucos são os que têm aversão ao celular... As mulheres, mais vaidosas podem comprar um secador, uma piastra, popularmente conhecida como “chapinha”. E assim manter o visual ideal, imposto sutilmente pela mídia. O que não vem ao caso no momento.
"É a chuva chuvendo...é ribeira das águas de março"
Nesse presente século, o avanço da tecnologia não impede que as águas de Março ano após ano fechem o verão, trazendo em seguida outra bela estação: o outono. Pois disso a natureza se encarrega, regida pelo Deus criador.
"É o fim da canseira, é o pé, é o chão"
No século XXI, os homens podem viajar em trens mais confortáveis e velozes. O avanço da tecnologia se encarregou de elaborar um super-trem: o metrô (mesmo existente no século passado, sua utilização hoje é mais abrangente e freqüente), que para quem já viajou, sabe como o caminho da estão em direção a casa ou ao trabalho e vice-versa ficaram mais curtos, bem reduzidos.
"No rosto o desgosto, é o pouco sozinho...é o corpo na cama, é a lama, é a lama"
E a multidão? Será que se encontra realizada em meio a tantas descobertas e facilidades? Será que a tecnologia tem oferecido companheirismo para a humanidade? Crê-se que não. A maioria das pessoas após desligar o celular, o mp3, mp4 ou o som de último lançamento, ou quaisquer outros eletrodomésticos mais sofisticados. Após adquirir a casa própria, ou um carro zero... Após desfrutar da tão sonhada viagem, da imperdível lua-de-mel... Ao desligar o PC, olhar-se no espelho e deitar-se. Quer dizer, alguns ainda em pé, parados ou até mesmo caminhando na multidão, sentem-se só!

"É uma cobra, é um pau, é João, é José"
Porque essa solidão? Simplesmente porque o passar do tempo, o avanço da tecnologia e a melhoria de vida não preenchem o vazio existente em cada ser humano. Mas, e os amigos, parentes e companheiros (namorados, noivos, marido e mulheres)?

"É o espinho na mão, é um corte no pé"
Alguém que possui os mesmos defeitos que outrem, que está passível a cometer os mesmo erros e a sentir o mesmo VAZIO, não pode exercer a função de complementar, de preencher. Pelo contrário, é necessário um ser superior com certeza! Contudo, real e perfeito.
"É a promessa de vida no teu coração, é um passo, é uma ponte, é um belo horizonte...são as águas de março fechando o verão"
O qual ano após ano: É. Que ao final do verão: Permanece. Que em uma estação arcaica ou mais rebuscada: Está presente. O qual pode resgatar o homem da solidão para sempre: JESUS CRISTO.

1 comment:

Anonymous said...

Lindo texto!
Voce quem escreveu?
Passarei aqui sempre que puder...
Saudades de vc linda.
Bjinhos