Friday, June 15, 2007

Para Pedro caminho, para Jorge atalho.

Durante um bom tempo li o verso que diz “não julgueis”. Talvez jamais tenha entendido o seu sentido ou tenha o visualizado como hoje.

Cada ser humano é um só, embora toda semelhança biofisiológica, ninguém se repete em ninguém. João pode trilhar os mesmos passos que Maria, pode prosseguir pela mesma estrada, entretanto um jamais será o outro.

Tanto Lázaro como Antônia podem enxergar o mesmo horizonte, receber o mesmo presente de aniversário, nadar na mesma cachoeira, ter a mesma profissão, porém a reação individual será distinta.

Margareth pode viver uma vida miserável, uma vida na qual falta tudo: água, comida, amigos, trabalho, estudo, entre outros, contudo ali encontrar a felicidade. Enquanto Eva estará comendo Caviar, Pizza, participando dos melhores cruzeiros, sendo rodeada de pessoas, sendo P.h.d em uma determinada área e nesse universo ser feliz. A tentativa de troca de oportunidades, de inversão de ambientes, de rotina da vida, pode ser frustrante para ambas, seja sem sentido e vazia.... Cada um é cada um, sempre.

Então, qual o sentido de viver, se relacionamento é algo primordial?

Simplesmente viver, compartilhar, doar o seu melhor, independente do retorno. Posso marcar vidas constantemente sem convertê-los ao meu ideal, ao meu mundo, as minhas perspectivas, aos meus valores. Não preciso julgar-me o melhor ou julgar-lhe o pior... É necessário apenas compartilhar.

As perspectivas de Maurício jamais serão as perspectivas de Bernadete, ainda que ambos estejam visualizando pelo mesmo olho mágico, as visões no corredor da vida serão diferentes. As mudanças de itinerário, de rota, de direção, caberão a cada um, e isso no momento que esse mesmo achar relevante... E assim vive-se melhor, aproveita-se melhor os momentos, as oportunidades e as pessoas.

Não julgueis!!

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